Carlos quem?
...Moura.
Nascido em Moçambique em 1974, acabei por andar a saltar de um lado para o outro até hoje - vivi também na África do Sul e no Brasil, onde dei os primeiros passos em teatro e televisão. Por cá, morei sempre entre o norte e o sul, com malas feitas entre Gaia, Póvoa de Varzim, Viseu, Esposende e Lisboa.
Depois de um pézinho no curso de Relações Públicas e outro no curso de Gestão de Marketing, acabei por meter mãos ao trabalho e perder-me naquilo que mais gosto: comunicar.
Os primeiros passos
Durante cerca de onze anos, andei pelos microfones das rádios locais, especialmente na rádio Onda Viva (Póvoa de Varzim), onde uma década passou a correr e onde aprendi a fazer um pouco de tudo, desde anúncios a talhos e sapatarias, a discos pedidos, reportagens, tardes desportivas, entretenimento e muitos, mesmo muitos directos de improviso.
Paralelamente, biscatei algumas coisas como fotógrafo freelancer (com algumas foto-reportagens para o jornal "O Diabo" e alguns casamentos onde me empanturrei) e fui começando, lentamente, uma carreira em design gráfico.
Foram bons tempos: desde logotipos a cartazes até brasões de Juntas de Freguesia (sim, isso mesmo), fiz um pouco de tudo. Trabalhei de heráldica até publicidade de exterior, mas o grande salto foi quando fui parar à Item Design, gabinete do designer Rui Mendes, de Vila do Conde, onde aprendi muitos dos fundamentos da comunicação visual e onde tive oportunidade de experimentar o design em todas as suas aplicações, desde gráfico a packaging, etc.
E, de repente, surge a comédia.
Stand-Up!
Por um acaso, inscrevi-me no I Festival de Stand Up Comedy, que decorreu em Braga, em 2003. O "Levanta-te e Ri" tinha começado na SIC há pouco tempo e poucos eram os que sabiam o significado de stand-up comedy, mas mesmo assim os inscritos foram suficientes para duas noites de competição, sob o olhar do júri comandado por Raúl Solnado. Eu queria apenas conhecer malta que fizesse comédia, mas fiquei em terceiro lugar, vá-se lá saber como, e lá veio o convite para ir ao "Levanta-te".
E fui, e continuei a ir durante os três anos de programa.
Entretanto, começaram a surgir actuações em bares, auditórios e cafés-concerto. Foi uma loucura: só entre 2003 e 2008, fiz mais de 450 actuações deste género; e ainda por cima daquelas a doer - normalmente uma hora seguida a dizer buchas, às vezes em cima de palcos improvisados (grades de cerveja também servem), às vezes com bêbados motivados...
... enfim, um excelente ginásio.
Comédia e não só
Dos palcos de bares para o resto, foi um salto inevitável. Enquanto continuava com a Stand Up e com espectáculos para empresas, tive várias participações televisivas.
Além do "Levanta-te e Ri", passei por especiais do Herman (Fim de Ano, por exemplo); alguns especiais da TVI (um directo de Braga dirigido pela Teresa Guilherme e, sim, o Natal dos Hospitais, no D. Estefânia), além do simpático "Sempre em Pé" e muitos outros, paralelos a espectáculos de palco como os da Oral Tour.
Pelo meio, tive a oportunidade de voltar ao teatro, na companhia do Miguel Barros, onde descobri a extraordinária Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul e onde dei asas ao humor com o "Manual de Instruções para o Cidadão Comum".
A peça foi um sucesso e vai ter que voltar a cena, além da outra, que tenho aqui fresquinha na gaveta!
Mas durante tudo isto, a televisão continuava ligada cá dentro.
Estive na Medialuso, onde fui responsável por uma série de projectos e programas como o "Factor M" e "A Canção da Minha Vida"; e acabei por ir parar à família de conteúdos da Valentim de Carvalho Televisão, coordenado pela multitasking Vera Sacramento, onde continuo a colaborar.
Desde ficção a entretenimento, os desafios estão aí, à espera.
E eu, de caneta e microfone a postos!